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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mandamento 5 – Amem-me

                  Mandamento 5 – Amem-me


MANDAMENTO 5
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. (Mateus 10.37)
Disse-lhes Jesus: “Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui”. (João 8.42)
JESUS COMANDA AS EMOÇÕESLembro-me de ter lido um livro na faculdade que argumentava: o amor não pode ser um sentimento, porque ele é comandado, e não podemos comandar sentimentos. Em outras palavras, o amor precisa ser um mero ato da vontade ou uma ação do corpo, sem o envolvimento das emoções ou da afetividade. O problema com esse argumento é que a premissa é falsa: Jesus comanda os sentimentos. Ele ordena que nossas emoções sejam de uma forma, e não de outra.
Jesus ordena, por exemplo, que devemos alegrar-nos em determi­nadas circunstâncias (Mateus 5.12), temer a pessoa certa (Lucas 12.5), não nos envergonhar dele (Lucas 9.26), perdoar de coração (Mateus 18.35), e assim por diante. Se o sentimento for correto, Jesus pode exigi-lo de nós. Se eu for desonesto demais para sentir as emoções que devo sentir, esse fato não muda meu dever de senti-las. Se for um mandamento de Jesus, tenho de senti-las. Minha incapacidade moral de produzi-las não elimina minha culpa: revela minha desonestidade. Isso me torna desesperadamente ansioso por um novo coração _ o coração que Jesus veio outorgar (v. Mandamento 1).
O AMOR POR JESUS É MAIS QUE UMA AFEIÇÃO PROFUNDA
O mandamento de Jesus para amá-lo envolve mais – nunca me­nos – que sentimentos profundos de admiração por seus atributos, satisfação por estar em sua companhia, atração por sua presença e afeição por ser semelhante a ele. Jesus disse pelo menos duas coisas que comprovam isso. Disse, por exemplo, que nosso amor por ele deve ser maior que o amor que sentimos por nosso pai, mãe, filho ou filha. “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10.37). O amor que nos liga a esses relacionamentos não é movido por uma simples força de vontade. É uma afeição profunda. Jesus diz que nosso amor por ele não é menor que isso – é maior.
Há outra evidência de que Jesus exige que nosso amor vá além de boas ações. Ele disse: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14.15). Alguns utilizam esse versículo para afirmar: “Amar a Jesus é obedecer aos seus mandamentos”. Não é o que o texto diz. O texto diz que a obediência aos mandamentos de Jesus origina-se em nosso amor por ele. O texto não separa as ações do amor, mas os distingue. Primeiro o amamos e, em conse­qüência desse amor, fazemos o que ele diz. Amar não é sinônimo de obedecer aos mandamentos: é a raiz. Portanto, o amor que Jesus exige de nós é algo muito profundo e forte, semelhante aos laços de afeição que temos com nossa família, porém maiores e mais intensos.
O AMOR POR JESUS NASCE DE UMA NOVA NATUREZA
O mandamento de Jesus para amá-lo dessa forma exige de nós uma nova natureza – um novo coração. Sem esse novo coração, como amar alguém que nunca vimos mais do que amamos aos nossos – os queridos? Amar assim não faz parte da natureza humana pe­caminosa, Jesus deixou isso bem claro quando disse aos que não o amavam: “Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam … ” (João .42). Em outras palavras: “Vocês não me amam porque não fazem arte da família de Deus. Vocês não têm natureza familiar – espírito familiar, coração familiar, preferências, tendências e propensões familiares. Deus não é o Pai de vocês.
Jesus veio ao mundo como Filho unigênito e divino de Deus (Mateus 11.27), para que pecadores como nós se tornassem filhos não divinos de Deus, com coração e maneiras semelhantes às dele. “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, [Jesus] deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.12). Foi por isso que Jesus pôde dizer: Amém [ ... ] os seus inimigos [...] e vocês serão filhos do Altíssimo … ” (Lucas 6.35). Mediante esse novo nascimento (v. Mandamento 1) e essa nova fé (v. Mandamento 4), Jesus concede-nos os direitos e as propensões de filhos de Deus. No centro dessas propensões, está o amor por Jesus, o Filho de Deus.
”AQUELE Á QUEM POUCO FOI PERDOADO, POUCO AMA”
A forma em que Deus nos capacita a amar a Jesus mais do que ama­mos nossos parentes e amigos íntimos não é um mistério total. A dádiva do novo nascimento e do arrependimento – a nova natureza dos filhos de Deus – é recebida quando vemos a glória do amor de Jesus por nós . Jesus ensinou essa lição de forma desafiadora durante um jantar. Um fariseu severo, que demonstrava pouco amor por Jesus, convidou-o para jantar em sua casa. Enquanto estavam recli­nados em volta da mesa baixa, usada pelos povos do Oriente Médio, uma prostituta entrou na casa e derramou perfume – misturado com lágrimas – sobre os pés descalços de Jesus e enxugou-os com os próprios cabelos. O fariseu indignou-se por Jesus haver permiti­do tal coisa.
Jesus, então, fez uma pergunta ao fariseu: se um credor perdo­asse dois devedores, um que lhe devia 5 mil dólares, e outro, 50 dólares, qual deles o amaria mais? O fariseu respondeu: “Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior”. Jesus concordou e prosseguiu: “Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me, deu água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus ‘pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés”. E Jesus concluiu: ” … ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Lucas 7.36-48). Essa história mostra como o grande amor por Jesus é posto em prática. Ele é posto em prática quando nos dispomos a ver a beleza de Jesus nos ter amado primeiro. Nós não o amamos primeiro. Ele nos amou primeiro (João 15.16). Nosso amor por Jesus é desperta­do quando nos arrependemos de nosso pecado (não como o fariseu preconceituoso) e quando provamos a doçura do perdão amoroso de Jesus. Ele nos amou primeiro e despertou nosso amor por ele.
O MANDAMENTO PARA AMAR JESUS É UM ATO DE AMOR
Não há dúvida de que esse amor produz o fruto da obediência aos outros mandamentos de Jesus (João 14.15), leva-nos a realizar o ministério que ele nos outorgou (21.15-22) e cria em nós o dese- 10 de honrá-lo e bendizê-lo (14.28; 5.23). Oculta nesse fruto está a realidade fundamental de um amor sincero por Jesus – fortes sentimentos de admiração por seus atributos, alegria constante por estar em comunhão com ele, atração permanente por sua presença, grande afeição pela afinidade com ele e muita gratidão por ele nos haver amado primeiro.
Jesus tinha em mente essas emoções e esse fruto quando identificou quem não é “digno” dele: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim … ” (Mateus 10.37). Amar a Jesus com essas emoções e com esse fruto torna-nos “dignos” dele. Isso não significa que sejamos merecedores de Jesus como na frase – o trabalhador é digno de seu salário” (Lucas 10.7, tradução literal). Significa que Jesus merece esse tipo de amor. Somos dignos de Jesus porque ele produziu em nós emoções e atitudes compatíveis com seu valor. As emoções e atitudes correspondem na medida certa ao valor que ele tem. (Compare com a palavra “dignos” neste texto: “”Dêem frutos dignos [ou seja, merecedores] de arrependimento” [Lucas 3.8, tradução literal]).
Jesus ordena que ele seja amado pelo mundo porque ele é infi­nitamente digno de ser amado. E, uma vez que nosso amor por ele nos proporciona a alegria de sua glória, sua presença e seus cuida­dos, o mandamento de Jesus para amá-lo é uma maneira a mais de sentirmos seu amor transbordando em nós.
Para refletir
  • Jesus nos ordena um sentimento? Como podemos render nossas emoções a ele?
  • Você tem obedecido a Deus para alcançar sua aprovação ou porque está motivado pelo seu amor por ele?
  • O amor a Jesus está ligado ao fato de sermos filhos de Deus. Reflita: o que signifca viver como um filho de Deus?
  • Podemos amar a Jesus reconhecendo que ele nos amou primeiro (João 15.16). De que forma ele nos amou primeiro? Você já conheceu essa realidade na sua vida?
  • Como você pode, hoje, manifestar seu amor por Deus? Você tem buscado estar em comunhão com ele, com alegria e gratidão no coração?

Livro “O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES”

   Autor: John Piper – PREFÁCIO DE CARLITO PAES

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