Mandamento 9 - Amem a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças - Ame o Senhor de Todo o Seu Coração!

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mandamento 9 - Amem a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças

Mandamento 9 - Amem a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças

MANDAMENTO 9
Respondeu Jesus: O “mandamento” mais importante é este: Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Se­nhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças. (Marcos 12.29,30)
 Ai de vocês, Fariseus, porque dão a Deus o dízimo da hortelã, da arru­da e de toda a sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça e o amor de Deus! Vocês deviam praticar estas coisas, sem deixar de fazer aquelas. (LUCAS 11.42)
 Sei que vocês não têm o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vocês não me aceitaram, mas, se outro vier em seu próprio nome, vocês o aceitarão. (João 5.42,43)
Jesus veio restabelecer o tipo de relacionamento para o qual os seres humanos foram criados: o relacionamento com Deus e en­tre si. No que se refere ao relacionamento com Deus, Jesus diz que, acima de tudo, fomos criados para amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e de todas as nossas forças. Jesus parte do princípio de que amar a Deus significa amá-lo por quem ele é, e essa visão de Jesus acerca de Deus está presente em tudo o que ele diz.
CONHECER A DEUS E AMÁ-LO POR TUDO O QUE ELE É
Deus é o Criador. Ele criou os seres humanos (Mateus 19.4) e o mundo (Marcos 13.19). Deus sustenta o que ele criou, controlan­do tudo nos mínimos detalhes, até mesmo os pássaros e os lírios do campo. “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Con­tudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês” (Mateus 10.29; v. 6.30). Ele é Deus de sabedoria (Lucas 11.49), de justiça (Mateus 6.33), de poder (Mateus 22.29), de ira (João 3.36), de compaixão (Lucas 15.20) e de amor (João 3.16). Ele é uma pessoa, não uma simples força. É apresentado como um Pai que ama seus filhos (João 1.12; 16.27). Jesus ordena a todos nós: “Amem a esse Deus. Amem a ele com todas as suas forças e por tudo que ele é”.
Para amar a Deus, é preciso conhecê-lo. Deus não seria honrado com um amor sem fundamento. Na verdade, isso não existe. Se não soubermos nada acerca de Deus, não haverá nada em nossa mente que desperte amor por ele. Se o amor não for uma conseqüência de conhecer a Deus, não há motivo para considerá-lo amor por Deus. Talvez haja um vago enlevo em nosso coração ou alguma gratidão di­fusa em nossa alma, mas se esses sentimentos não forem conseqüên­cia de conhecer a Deus, não podemos chamá-lo “amor por Deus”.
JESUS: REVELAÇÃO DE DEUS, DE NOSSO AMOR POR DEUS
Jesus veio ao mundo para tornar Deus conhecido, de modo que pu­desse ser verdadeiramente amado. Jesus disse aos discípulos:
“Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode di­zer: Mostra-nos o Pai? (João 14.7-9).
Jesus revela a Deus de forma tão profunda, que o ato de aceitar Jesus passa a ser o teste para amar a Deus e tê-lo como Pai. “Se us fosse o Pai de vocês, vocês me amariam … ” (8.42). Se não temos a Jesus, não temos a Deus. Jesus tornou-se o parâmetro de o conhecimento acerca de Deus e de nosso amor por Deus.
… conheço vocês. Sei que vocês não têm o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vocês não me aceitaram; mas, se outro vier em seu próprio nome, vocês o aceitarão. Como vocês podem crer, se aceitam glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único? (João 5.42-44)
Jesus reflete e exalta a Deus de tal forma, que negá-lo significa negar Deus. Jesus sabe que seus adversários “não têm o amor de Deus [dentro deles]” porque não o aceitam. “… aquele que me rejeita, está rejeitando aquele que me enviou” (Lucas 10 .16). Se eles amassem a Deus, amariam a Jesus. Jesus tornou Deus conhecido de maneira clara e mais abrangente que qualquer outra revelação. Por isso, possível amar a Deus e rejeitar a Jesus.
”EU OS FIZ CONHECER O TEU NOME”
Portanto, se quisermos amar a Deus, precisamos conhecê-lo conforme ele é revelado em Jesus. Antes de Cristo vir ao mundo, Deus despertou o sentimento de amor por meio da revelação dele próprio em sua Palavra – que sempre apontou para Jesus. “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras”, disse Jesus, “porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito” (João 5.39). Depois que Jesus veio ao mundo, é a revelação do próprio Jesus que desperta o sentimento de amor a Deus: ” … ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11.27).
Foi o que Jesus fez por seus discípulos. Ele tornou Deus conheci­do. Na Oração Sacerdotal, em João 17, ele diz: “Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo … ” (v. 26). Esse é o cumprimento tão esperado da profecia na lei de Moisés: “O SENHOR, o seu Deus, dará um coração fiel a vocês e aos seus descendentes, para que o amem de todo o coração e de toda a alma e vivam” (Deuteronômio 30.6). Jesus é o cumprimento dessa profecia. Por isso, não podemos amar a Deus sem considerar a revelação de Jesus que muda nosso coração para conhecermos a Deus de tal maneira, que o contemplemos como a uma beleza arrebatadora.
CONTEMPLANDO A DEUS COMO A UMA BELEZA ARREBATADORA
Usei a expressão “beleza arrebatadora” para ressaltar dois pontos. O primeiro é que amar a Deus não é uma simples decisão. Não po­demos simplesmente decidir amar a música clássica ou a sertaneja, muito menos decidir amar a Deus. A música precisa ser arrebata­dora. Se não a amamos, alguma coisa precisa mudar dentro de nós. Essa mudança possibilita que a mente sinta a música com a sensação arrebatadora de atração. O mesmo ocorre em relação a Deus. Não podemos simplesmente decidir amá-lo. Ocorre uma mudança den­tro de nós, e, em conseqüência dessa mudança, ele se torna atraente de maneira arrebatadora. Sua glória – sua beleza – atrai nossa admiração e nos dá prazer. O outro ponto que destaco na expressão “beleza arrebatadora” é que o amor por Deus não é essencialmente um comportamento, e sim uma afeição – não ações, mas deleite. A glória de Deus passa a ser nossa alegria suprema. Começamos, acima de tudo, a querer conhecê-lo, vê-lo, estar com ele e ser semelhante a ele. Há vários motivos importantes para acreditar que o amor por Deus é, acima de tudo, uma experiência intensa de afeições, não de comportamento.
AMAR A DEUS É O PRIMEIRO MANDAMENTO; AMAR O PRÓXIMO É O SEGUNDO
 Em primeiro lugar, Jesus faz distinção entre o primeiro e o segundo mandamentos. Ele diz: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: “o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.37-39). Por­tanto, amar a Deus não pode ser definido como amar o próximo. São tipos diferentes de amor. Amar a Deus é o primeiro mandamento. Amar o próximo é o segundo. O primeiro é o principal e não depende de nenhuma obediência. O segundo é de menor importância e depende de amar a Deus. Eles não estão separados, porque o verdadeiro amor por Deus produzirá sempre amor pelo próximo. Mas são diferentes. Significam que amar o próximo não é igual a amar a Deus. O amor ao próximo é o extravasamento ou o fruto de amar a Deus. Amar a Deus não é igual a amar o próximo. É uma admiração e um deleite arrebatadores por Deus.
O SEU CORAÇÃO ESTÁ LONGE DE MIM
Em segundo lugar, Jesus diz aos fariseus quando eles criticam a liberdade dos discípulos:
Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim”. (Marcos 7.6,7)
Jesus afirma que ações externas – até mesmo as religiosas dirigidas a ele – não são a essência da adoração. Não são a essência do amor. O essencial é o que ocorre no coração. O comportamento externo agrada a Deus quando flui de um coração que o admira espontane­amente e se deleita nele, isto é, quando esse comportamento flui do amor de Deus.
O OPOSTO DE AMAR A DEUS É ODIAR E DESPREZAR
Em terceiro lugar, Jesus diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mateus 6.24). O oposto de amar a Deus é “odiar” e “desprezar”. São pa­lavras relacionadas a emoções fortes. Dão a entender que o oposto – “amar” – também é uma emoção forte. Por isso, amar a Deus é uma forte emoção interior, não uma simples ação exterior. Alguém, contudo, pode argumentar que “servir” é a palavra -chave do texto, a qual dá a entender que amar a Deus é servir a Deus. Mas o sentido não é esse. O texto diz que não podemos servir a dois senhores (“a Deus e ao Dinheiro”) porque, por trás disso, existem duas paixões diametralmente opostas: ódio versus amor, devoção versus desprezo. Jesus não equipara amar a Deus com servir a Deus. Para ele, o ato de servir a Deus está em amar a Deus.
UMA GERAÇÃO PERVERSA E ADÚLTERA PEDE UM SINAL MIRACULOSO
Em quarto lugar, quando os fariseus, que não sentiam nenhum amor por Jesus (ou por Deus; v. João 5.42), pedem: “Mestre, queremos ver um sinal miraculoso feito por ti” (Mateus 12.38), Jesus retruca, de modo a derramar luz sobre a índole propensa a amar a Deus: ”Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! “Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas” (v. 39). Por que ele os chama de “geração perversa e adúltera” em busca de um sinal? Porque Deus é o marido de Israel (Ezequiel 16.8), e Jesus é o Deus que veio tentar reaver sua esposa infiel. É por isso que ele refere a si mesmo como o “noivo” (Mateus 25.1).
Por que uma esposa (Israel representado por seus líderes) se colo­caria diante do marido (Jesus), exigindo um sinal de que ele era seu marido? Para Jesus, não se tratava de ignorância inocente, mas de coração adúltero. Israel não ama seu marido. Israel ama outros pretendentes – como as honras humanas (Mateus 23.6) e o dinheiro ­(Lucas 16.14). Esta é a lição que aprendemos aqui: nosso amor por Deus, conforme Jesus ordena, deve ser semelhante ao amor da esposa pelo marido, não um simples comportamento externo, mas afeição, admiração e deleite sinceros. Esse amor não deve basear-se serviço de um escravo, mas neste texto de Cântico dos Cânticos:
Estamos alegres e felizes por sua causa; celebraremos o seu amor mais do que o vinho. Com toda a razão você é amado! (1.4)
DE TODO O CORAÇÃO, ALMA, ENTENDIMENTO E FORÇA
Quando ordena que amemos a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força, Jesus está dizendo que toda a aptidão inata e toda a capacidade de nosso ser devem expressar a plenitude de nossa afeição Deus, a plenitude de todas as formas pelas quais o estimamos como um verdadeiro tesouro. Estas quatro aptidões e capacidades têm significados semelhantes: coração, alma, entendimento e força.
Contudo, não são idênticas. “Coração” ressalta o centro de nossa vida volitiva e emocional, sem excluir o pensamento (Lucas 1.51). “Alma” indica nossa vida como um todo, embora às vezes separada do corpo (Mateus 10.28). “Entendimento” salienta nossa capacidade de racio­cínio. “Força” destaca a capacidade de fazer esforços vigorosos com o corpo e com a mente (Marcos 5.4; Lucas 21.36). A função dessas aptidões e capacidades em relação a amar a Deus é demonstrar esse amor. Pode ser que “coração” seja mencionado em primeiro lugar por ser considerado, acima de tudo, a fonte do amor expresso por meio da alma (vida), do entendimento (pensa­mento) e da força (esforço). De qualquer forma, o ponto principal é que toda aptidão inata e toda capacidade que temos devem sempre demonstrar que Deus é o nosso mais precioso tesouro.
TODA CAPACIDADE VALORIZA DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS
Amar a Deus é essencialmente considerá-lo um tesouro. Amá-lo de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de todas as suas forças significa que todas as nossas aptidões inatas e todas as nossas capacidades o valorizam acima de todas as coisas, de tal forma que, quando consideramos qualquer outra coisa tão preciosa quanto um tesouro, estamos fazendo o mesmo em relação a Deus. Em ou­tras palavras, podemos valorizar outras coisas boas até certo ponto, porém não mais do que valorizamos a Deus. Podemos valorizá-las como manifestação do valor que atribuímos a Deus. Se uma de nossas ­capacidades humanas achar prazer em qualquer pessoa ou em quer coisa de tal forma que esse prazer não agrade a Deus, então não amamos a Deus com toda essa capacidade.
E a forma de entender o amor por Deus é confirmada pela ma­neira em que ele é amado nos Salmos. Jesus considerava-se o objetivo, o centro e o cumprimento das Escrituras do Antigo Testamento, até mesmo dos Salmos (Mateus 5.17; Lucas 24.27; João 5.39). É de esperar, portanto, que ele exija um amor que amplie e ponha em prática o que os salmistas sentiram. Lemos em Salmos que o amor a Deus é absolutamente exclusivo: “A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti” (73.25); Ao Senhor declaro: “Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti” (16.2). O que essa exclusividade significa, se os salmistas também falam, por exemplo, de amar outras pessoas (16.3)?
Temos uma pista, em Salmos 43.4, no qual o salmista diz: “Então irei ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria”. A expressão “minha plena alegria “significa literalmente” a alegria de “meu regozijo” ou “a alegria de minha exultação”. Isso indica que Deus é a alegria de todas as alegrias. Em meu regozijo por todas as coisas boas que Deus tem feito, ele está no centro de minha alegri2.. é a alegria de meu regozijo. Quando eu me regozijo em tudo tanto, existe um regozijo centralizado em Deus. Toda alegria que não tem Deus no centro é irreal e, com o passar do tempo, irá estou­rar como uma bolha. Foi isso que levou Agostinho a orar: “Pouco te ama quem te ama juntamente com alguma criatura, e não a ama por tua causa”.
NÃO PERMITA QUE SEU AMOR ESFRIE
Deduzo, portanto, que o mandamento de Jesus para amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo entendimento e de todas as forças significa que cada impulso, cada ato de toda aptidão ina­ta e de toda capacidade deve ser uma expressão de valorizar Deus acima de todas as coisas. Jesus advertiu que esse mandamento, o mais importante de todos, seria esquecido por muitos nos últimos dias: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará … ” (Mateus 24.12). Tome cuidado para que seu amor por Deus não esfrie nestes dias. Lembre-se: nós o amamos até o ponto em que o conhecemos. E lembre-se de que somente Jesus pode torná-lo conhecido verdadeira e inteiramente (Mateus 11.27). Olhe firme para Jesus e ore para que ele lhe revele Deus como uma beleza arrebatadora. “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9).
Para refletir
§  Por que o amor a Deus deve ser acompanhado do conhecimento acerca de Deus?
§  Por que é impossível amar a Deus e rejeitar Jesus?
§  O que significa amar a Deus reconhecendo que ele é uma “beleza arrebatadora”?
§  Amar ao próximo é o segundo mandamento. De que forma o amor ao próximo pode ser genuíno?
§  O que você pode fazer hoje para que seu amor por Deus não se esfrie? Lembre-se: nós amamos a Deus até o ponto em que o conhecemos.


Livro “O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES”

   Autor: John Piper – PREFÁCIO DE CARLITO PAES

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