Mandamento 8 - Tomem a sua cruz e sigam-me - Ame o Senhor de Todo o Seu Coração!

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mandamento 8 - Tomem a sua cruz e sigam-me

Mandamento 8 - Tomem a sua cruz e sigam-me

MANDAMENTO 8
Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. (Marcos 16.24,25) 
Sigam-me e eu os farei pescadores de homens. (Marcos 1.17)
Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida. (João 8.12) 
Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos
(Mateus 8.22)
Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me. (Mateus 19.21)
Jesus foi totalmente humano e totalmente Deus (João 1.1,14). Ele não foi Deus com verniz humano, ou seja, não estava fantasiado de Deus. Ele foi homem de carne e osso, filho de um carpinteiro (Marcos 6.3). Por isso, quando ordenou a pescadores e publicanos: “Sigam-me”, a obediência deles foi concreta mediante o ato físico de colocar os pés na estrada, seguir os passos de Jesus e fazer parte de seu grupo itinerante.
SEGUINDO JESUS QUANDO ELE NÃO ESTÁ AQUI
 Jesus tinha conhecimento de que não viveria para sempre neste mundo, portanto não poderia ter seguidores que o acompanhassem no sentido físico. “Agora que vou para aquele que me enviou    [ ... ] eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei” (João 16.5,7). Jesus tinha plena consciência de que o movimento iniciado por ele continuaria depois que ele voltasse para o Pai, no céu. Era esse o plano dele (v. Mandamento 45).
Portanto, o mandamento para que o sigamos foi relevante não apenas em relação ao tempo em que ele viveu neste mundo, mas também para toda a eternidade. Ele deixou isso bem claro no final de seu ministério terreno. Ele ressuscitou dos mortos e subiu ao céu, para junto do Pai. Jesus disse a Pedro que o apóstolo morreria como mártir depois de sua partida deste mundo. Pedro quis saber se ele seria o único mártir e perguntou a Jesus o que aconteceria com seu companheiro, o apóstolo João. Jesus respondeu: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me!” (21.22).
 Esse versículo indica que ”seguir a Jesus” é segui-lo depois de sua partida deste mundo. Até o dia de sua volta, ele espera que  seus discípulos na terra o ”sigam”. Não se restringe aos que o acompanharam a pé pela Palestina. Jesus ordena que todos os seres humanos de todos os países e de todas as idades o sigam.
SEGUIR A JESUS É DAR PROSSEGUIMENTO A OBRA QUE ELE VEIO REALIZAR 
 Pedro e André eram pescadores profissionais. Quando Jesus lhes disse: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” (Marcos 1.17), usou uma figura de linguagem relevante para eles, a qual se aplica a todos os que seguem a Jesus. O mandamento de seguir a Jesus significa que todos devem participar da obra que ele veio realizar, da qual ele fez menção repetidas vezes: ” … o Filho do homem veio [...] para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (10.45); “…o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19.10); “Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento” (5.32); ” … eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10.10); “ Agora [ ... ] o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome! … ” (12.27,28).  Em resumo, Jesus veio para morrer ” … pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados … ” (11.51,52). Ele veio reunir um povo – um povo fiel a ele, para a glória do Pai – e fez isso morrendo no lugar deles, salvando-os de seus pecados e dando-lhes a vida eterna e uma nova ética: a. de amar como ele amou (13.34,35). Quando ordena que o sigamos, ele deseja que participemos também da missão de reunir seu povo: ” … aquele que comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11.23). Não há seguidores neutros: ou ajuntamos ou espalhamos. Seguir a Jesus significa dar prosseguimento à obra que ele veio realizar – reunir um povo fiel a ele, para a glória do Pai.
SEGUIR A JESUS NO SOFRIMENTO 
 Dar prosseguimento à obra que ele veio realizar implica sofrer também o que ele sofreu. Seguir a Jesus é compartilhar seu sofrimento. Quando nos chama para segui-lo, Jesus ressalta esse ponto. Ele sabia que estava caminhando em direção à cruz e ordena que façamos o mesmo. Ele definiu sua vida e seu ministério, sabendo que iria a Jerusalém para ser morto. “Preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã, pois certamente nenhum profeta deve morrer fora de Jerusalém!” (13.33).
Portanto, Jesus “partiu resolutamente em direção a Jerusalém” (9.51). Ele sabia exatamente o que aconteceria naquela cidade. Tudo fora planejado por seu Pai quando o enviou ao mundo. “Estamos subindo para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios, que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. Três dias depois ele ressuscitará” (Marcos 10.33,34). Era esse o plano, minucioso a ponto de detalhar que ele seria cuspido. Esse foi o desígnio da vida de Jesus, e ele sabia que seu sofrimento recairia sobre seus seguidores: “… se me perseguiram, também perseguirão vocês…” (João 15:20). Por isso, no âmago desse mandamento reside o fato de que devemos segui-lo no sofrimento. “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 16:24). Jesus ressaltou a  autonegação e o dever de carregar a cruz.
SOFRER POR JESUS COM ALEGRIA MOSTRA SEU VALOR SUPREMO
Jesus não morreu para tornar nossa vida mais fácil ou mais próspera. Ele morreu para remover todos os obstáculos que  nos impedem a alegria permanente de termos decidido viver para ele. Jesus nos convida a sofrer por ele, porque o sofrimento que  suportamos com alegria (5.12) mostra que ele vale mais que todas as  recompensas terrenas, que agradam ao mundo (13.44; 6.19,20). Se seguimos a Jesus somente porque ele torna a vida mais fácil, o mundo entenderá que amamos as mesmas coisas que eles amam e que Jesus  tão-somente nos proporciona algumas facilidades. No entanto, se sofrermos com Jesus no caminho do amor, por ser ele nosso tesouro supremo,deixaremos transparecer ao mundo que  nosso coração almeja uma fortuna diferente. É por isso que Jesus nos dá este mandamento: “Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
O SOFRIMENTO POR JESUS É TEMPORÁRIO; A ALEGRIA EM JESUS É ETERNA 
 O sofrimento é temporário. Jesus não nos chama para sofrer por toda a eternidade. Foi disso que ele veio nos livrar. “ Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna “ (João 12.25); ” … quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará” (Marcos 8.35). O sofrimento por Jesus é temporário. A alegria em Jesus é eterna. Pedro certa vez perguntou (talvez com um traço de autocomiseração ): “Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?”. Jesus respondeu, sem ligar para a autocomiseração de Pedro: “Todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna” (Mateus 19.27,29). Todo sacrifício é válido para seguir a Jesus: “ A sua recompensa virá na ressurreição dos justos” (Lucas 14.14); ” … grande é a sua recompensa nos céus … ” (Mateus 5.12).
Mesmo antes de chegarmos ao céu, a alegria permeará o caminho árduo até a morte e a ressurreição. Nada se compara à alegria de andar na luz com Cristo, porque andar sem ele é andar na escuridão. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12). Seguir a Jesus leva-nos, de fato, ao sofrimento e à morte, mas o caminho é iluminado com vida e verdade. Jesus prometeu: ” … E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20). Onde Jesus está presente, existe alegria – alegria na tristeza por enquanto, mas alegria apesar de tudo. “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (João 15.11).
RUPTURAS NOS RELACIONAMENTOS PESSOAIS 
 É por isso que as rupturas causadas por seguir a Jesus não são devastadoras. Existem rupturas nos relacionamentos pessoais, nos relacionamentos com bens materiais e com nossa vocação. Jesus tem maneiras chocantes para descrever o preço a ser pago por quem deseja segui-lo. “Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Mateus 8.22); “Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26). Em outras palavras, seguir a Jesus é tão importante, que exige comportamentos considerados atitudes de ódio pelo mundo. Tenho visto exemplos disso nas escolhas dolorosas feitas pelos missionários. Eles partem com filhos pequenos para lugares de extremo perigo e deixam pais idosos para trás – bem cuidados, é claro, mas talvez nunca mais tenham a oportunidade de voltar a vê-los neste mundo. Alguns chamam a isso “falta de amor”. Jesus, porém, tem os olhos fitos nas nações e nas exigências do amor no caso dos missionários.
RUPTURAS NO RELACIONAMENTO COM OS BENS MATERIAIS
 Seguir a Jesus implica também romper nosso relacionamento com os bens materiais. Havia um jovem rico que amava exageradamente seus bens materiais. Jesus tocou no ponto nevrálgico da idolatria do jovem com este mandamento: “Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me” (Mateus 19.21; v. Mandamento 20). Se alguma coisa no caminho nos impede de seguir a Jesus, precisamos livrar-nos dela.
Esse mandamento não se aplica apenas ao jovem rico, mas a todos nós: “Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.33). Renunciar aos bens materiais nem sempre significa vender tudo. Jesus elogiou Zaqueu por ele haver prometido distribuir metade de seus bens com os pobres (Lucas 19.8,9). Renunciar a tudo significa colocar todos os bens à disposição de Jesus, ou seja, usá-los de forma a agradá-lo, e jamais permitir que impeçam nossa obediência radical ao amor, conforme ele ordenou.
RUPTURAS NO RELACIONAMENTO COM A VOCAÇÃO
Por fim, pode haver uma ruptura com nossa vocação quando decidimos seguir Jesus. Quando ele chamou os Doze para segui-lo, nenhum deles era seguidor profissional de Jesus. Eles eram pescadores, publicanos – tinham uma profissão. Por incrível que pareça, o chamado foi feito de maneira bem simples: “Passando [Jesus], viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: ‘Siga-me’. Levi levantou-se e o “seguiu” (Marcos 2.14). Foi assim mesmo! (Segundo sabemos.) Para a maioria de nós, o chamado não é tão simples, mas sempre é feito. O chamado pode ser feito a você. Nem todos precisam abandonar sua vocação para seguir a Jesus, porém o Mestre disse: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você” (5.19). A maioria de nós deve permanecer onde está e seguir a Jesus pelos caminhos radicais de amor que nossa posição e relacionamentos exigirem. Isso, contudo, não se aplica a todos. Para alguns – talvez para você (enquanto lê esta seção do livro) – seguir a Jesus corresponde a uma ruptura arriscada com sua vocação. Não tenha medo de renunciar ao que lhe é íntimo para segui-lo.
SEGUIR A JESUS CUSTA CARO, MAS VALE A PENA
 Jesus não deseja atraí-lo com engodos e manobras. Ele é muito incisivo a respeito do preço a ser pago. Na verdade, ele pede que você calcule o preço:
Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? [ ... ] Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? (Lucas 14.28,31).
Permita que o chamado para seguir a Jesus seja claro e sincero: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16.33). O preço é alto, mas vale a pena.
Para refletir
§  O que significa seguir Jesus e participar da sua obra? Que obra é essa?
§  Na sua vida pessoal, de que forma você já “carregou uma cruz” ao decidir seguir Jesus?
§  O que o sofrimento nos ensina na nossa caminhada com Cristo?
§  Na sua caminhada com Jesus, você já passou por rupturas em relacionamentos com os outros, com bens materiais ou com sua vocação? Como?
§  Você crê que, a despeito do preço pago por seguir Jesus, tudo na sua vida valerá a pena?


Livro “O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES”

   Autor: John Piper – PREFÁCIO DE CARLITO PAES

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