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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mandamento 11 – Tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno

Mandamento 11 – Tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno


MANDAMENTO 11
N ão tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. (MATEUS 10.28)
“E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!”. (LUCAS 19.27)
Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: “Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”. [...] E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. (MATEUS 25.41,46)
AS IMAGENS QUE JESUS APRESENTA DO INFERNOJesus fala do inferno mais que qualquer outra pessoa na Bíblia. Refere-se a ele como um lugar de “trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 8.12). Todas as alegrias que associamos com a luz serão tiradas, e todos os medos que associamos com escuridão serão multiplicados. O resultado será um sofrimento tão intenso que faz a pessoa ranger os dentes para suportá-lo.
Jesus também se refere ao inferno como “fornalha ardente” onde os que praticam o mal serão lançados no fim dos tempos, quando ele voltar. “O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes” (13.41,42). Outras referências ao inferno feitas por Jesus: “o fogo do inferno” (5.22); “o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos” (25.41); “o inferno, onde o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.43); “o castigo eterno” (Mateus 25.46).
A última descrição é especialmente dolorosa e temível, pois contrasta com a “vida eterna”: “Estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”. Nesse contraste, percebemos a tragédia da perda e do sofrimento infinito. Assim como a “vida eterna” será uma experiência infinita de prazer na presença de Deus, o “castigo eterno” será uma experiência infinita de sofrimento debaixo da ira de Deus (João 3.36; 5.24).
O INFERNO NÃO É MERA CONSEQUÊNCIA DE MÁS ESCOLHAS A palavra “ira” é importante para compreendermos o que Jesus quer dizer quando se refere ao inferno. O inferno não é simplesmente a consequência natural da rejeição a Deus. Costuma-se dizer isso porque é difícil aceitar a ideia de que Deus envia gente para lá. Diz-se que as pessoas se encaminham para lá. É certo que elas fazem escolhas que as conduzem ao inferno, mas essa não é toda a verdade. Jesus diz que ‘tais escolhas são realmente merecedoras do inferno’. … Qualquer que disser: ‘Louco!’, corre o risco [é culpado, é merecedor] de ir para o fogo do inferno (Mateus 5.22). É por isso que ele dá ao inferno o nome de “castigo” (25.46). O castigo não é uma consequência natural auto-imposta (por exemplo, fumar provoca câncer no pulmão), é a punição da ira de Deus (como o juiz que condena um criminoso a trabalhos forçados).
As ilustrações empregadas por Jesus para mostrar como as pessoas vão para ao inferno não sugerem consequência natural, mas o exercício da justa ira. Por exemplo, ele conta a história de um servo cujo senhor partiu em viagem. O servo diz: “Meu senhor está demorando”, e começa “a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões”. Jesus diz (referindo-se à sua repentina segunda vinda): “O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes” (24.48-51). Essa ilustração representa a ira legítima e santa, acompanhada de punição. Jesus o colocará com os hipócritas.
Jesus conta outra história para ilustrar sua partida deste mundo e seu retorno no julgamento. “Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar”. [...] Mas os seus súditos o odiavam e por isso enviaram uma delegação para lhe dizer: ‘Não queremos que este homem seja nosso rei’ (Lucas 19.12,14). Quando voltou, depois de ter sido coroado rei, para recompensar os que confiaram nele e o honraram com a própria vida, o nobre castigou os que o haviam rejeitado como rei: “E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente” (v. 27). Mais urna vez, a ideia do inferno não e a de urna enfermidade provocada por maus hábitos, mas de um rei manifestando ira santa contra os que se recusam a obedecer às suas ordens misericordiosas.
TENHAM MEDO DAQUELE QUE PODE DESTRUIR TANTO A ALMA COMO O CORPO NO INFERNO
Foi por essa razão que Jesus disse: “… tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno” (Mateus 10.28). O medo que ele ordena não é o medo do inferno como consequência natural de maus hábitos, mas de Deus como um juiz santo que condena os pecadores ao inferno. O mandamento de ter medo de Deus como de um juiz santo parece, a princípio, desestimulante. Dá a entender que seguir a Jesus significa uma existência de ansiedade, sempre imaginando que Deus está zangado conosco e pronto para nos castigar ao menor deslize. Não é, porem, o que Jesus deseja para seus seguidores.
Há um detalhe que talvez nos deixe confusos. Logo depois de ordenar: “Tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno”, Jesus diz algo preparado especialmente para nos dar paz profunda e total confiança no cuidado paternal de Deus: “Não se vendem dois pardais por urna moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!” (10.29-31).
Sem fazer uma pausa entre uma frase e outra Jesus acrescenta: “Tenham medo do Deus que os lança no inferno” e: “Não tenham medo, porque Deus é o Pai de vocês e os valoriza mais que aos pardais e conhece suas mais ínfimas necessidades”. Na verdade, o cuidado paternal de Deus, que tudo provê, é um dos mais doces e penetrantes ensinamentos de Jesus:
Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. ão têm vocês muito mais valor do que elas? [...] Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que vamos comer?” ou “Que vamos beber?” ou “Que vamos vestir?” Pois os pagãos e que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. (6.26, 31, 32)
DEVEMOS TEMER A DEUS E CONFIAR EM DEUS O que Jesus tinha em mente ao proferir estas duas verdades acerca de Deus: temer a Deus e confiar em Deus? Não pode ser simplesmente que o “temor de Deus” significa “respeito a Deus”, em vez de “ter medo dele”. A explicação não se encaixa nestas palavras: “… temam aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno. Sim, eu lhes digo, esse vocês devem temer” (Lucas 12.5). Evidentemente, é verdade que devemos ter respeito por Deus, isto é, reverenciar sua santidade, poder e sabedoria. Mas existe também um medo verdadeiro dele que pode coexistir com a doce paz e confiança nele. O ponto principal é este: o próprio Deus afasta sua ira de nós. Não sentimos paz porque nós mesmos retiramos de nossos pensamentos o Deus de ira; sentimos paz quando ele afasta sua ira de nós. Deus fez isso quando enviou Jesus para morrer em nosso lugar, para que a ira divina fosse retirada de todo aquele que crê em Jesus.
Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado [na cruz para morrer], para que todo o que nele crer tenha a vida eterna [não ira]. [...] Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. (João 3.14, 15, 36)
Quando bradou na cruz: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Marcos 15.34), Jesus estava sentindo, em nosso lugar, a ira do abandono de Deus, porque ele não havia feito nada para merecer o castigo de ser abandonado pelo Pai. Quando disse, finalmente, na cruz: “Está consumado!” (João 19.30), ele quis dizer que a dívida de nossa salvação — nossa libertação da ira de Deus e a graça de recebermos as bênçãos de Deus — estava totalmente paga. Jesus disse que veio ao mundo para “dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.28), e, naquele momento, o preço total do resgate foi pago, e a obra de absorver e retirar a ira de Deus foi consumada. Agora, ele diz, quem nele crê tem comunhão eterna com Deus e está plenamente seguro de que a ira do Juiz não mais existe. “… [Ele] não será condenado, mas já passou da morte para a vida” (João 5.24).
MEDO DA FALTA DE FÉ De que, então, devemos ter medo? A resposta: da falta de fé. Para os seguidores de Jesus, ter medo de Deus significa ter medo da terrível possibilidade de não confiar naquele que pagou um preço tão alto por nossa paz. Ou seja, um dos meios que Deus usa para manter nossa paz e nossa confiança em Jesus e o medo do que Deus nos poderá fazer se não crermos. Não vivemos no desconforto do medo constante porque cremos. Isto e, descansamos na obra suficiente e completa de Jesus e no cuidado soberano de nosso Pai. Nos momentos em que a falta de fé nos assalta, porém, um medo santo se levanta para avisar-nos de que estamos cometendo uma tolice em não confiar naquele que nos amou e entregou seu Filho à morte para que nossa alegria fosse livre de ansiedade.
PASSAR OS BRAÇOS AO REDOR DO PESCOÇO DE DEUS LEVA O MEDO EMBORA
A ilustração a seguir ajudou-me a compreender como essa experiência funciona. Quando Karsten, meu filho mais velho, tinha cerca de oito anos, fomos visitar um homem que tinha um cão enorme. Quando abrimos a porta, o cão olhou firme para meu filho, quase sem precisar levantar a cabeça. Aquela era uma situação de causar medo a um menino pequeno. O dono da casa garantiu-nos que o cão era inofensivo e que gostava de crianças. Pouco depois, pedimos a Karsten que fosse buscar algo que havíamos esquecido no carro. Quando ele começou a atravessar correndo o pátio, o cão rosnou alto e correu atrás dele. O dono do cão foi até a porta e gritou para Karsten: “Não corra. Ele não gosta quando as pessoas fogem dele”. Um cão enorme que ama as crianças, mas não gosta que fujam dele: Deus é assim. Se você confiar nele, gostar dele e passar os braços ao redor de seu pescoço forte, ele será tudo aquilo que você espera encontrar num amigo. Mas se você decidir que existem coisas mais importantes e fugir dele, ele ficará zangado. Jesus disse de maneira muito clara, em Lucas 19.27: “E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!”.
O INFERNO SIGNIFICA QUE O PECADO É TERRIVELMENTE GRAVE O mandamento de Jesus para termos medo daquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno ensina-nos que o pecado é muito mais grave do que imaginamos. Muitos acham que o inferno é um castigo injusto para nossos pecados porque não veem o pecado como ele realmente é nem a Deus como ele de fato é. Jesus nos conta o que dirá àqueles que irão para o inferno: “Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mateus 7.23). São aqueles que “praticam o mal”, isto é, que infringem a lei de Deus. O pecado é, antes de tudo, contra Deus e depois contra o homem.
Portanto, a gravidade do pecado origina-se do que ele diz acerca de Deus. Deus e infinitamente digno de ser honrado. Mas o pecado diz o oposto. O pecado diz que existem coisas mais desejáveis e mais dignas. Até que ponto isso é grave? A gravidade de um crime e determinada, em parte, pela dignidade da pessoa e do cargo que está sendo desrespeitado. Se a pessoa for infinitamente digna, infinitamente ilustre, infinitamente querida e ocupar um cargo de infinita dignidade e autoridade, rejeitá-la é um crime infinitamente ultrajante. Portanto, merece um castigo infinito. A intensidade das palavras de Jesus acerca do inferno não é uma reação exagerada a pequenas ofensas. As palavras de Jesus são um testemunho ao infinito valor de Deus e à desonra ultrajante do pecado humano.
Para refletir
  • De que forma Jesus descreveu o inferno?
  • Por que esse lugar de trevas é mais do que uma consequência das más escolhas das pessoas?
  • Por que podemos, ao mesmo tempo, temer a Deus e confiar nele? O que Jesus nos ensinou a esse respeito?
  • O autor afirma que devemos temer a falta de fé. O que isso significa?
  • Por que a advertência de Jesus é um ato de misericórdia para nós?
Livro “O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES” 
Autor: John Piper – PREFÁCIO DE CARLITO PAES

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